Sonhos

By Guilherme Eisfeld

Sonhos.
Desejos veementes. 
Projeções de execução difícil ou impossível.

Utopias.
Projetos com objetivos distintos, tanto nos processos como nos resultados.

Já sonhei em me tornar muitas coisas.
Almejei profissões, cargos, relacionamentos, viagens, saúde, ter amigos e familiares sempre por perto, paz, maior igualdade para todos, lasanha, shows, sorrisos.

Muitos foram conquistados. Outros tantos ainda serão. 

A maioria deles será abandonada.

Sonhos se ressignificam. Mudam. Perdem o sentido, e dão espaço  para novas quimeras.
Sonhos são alvos de pitacos, e de inveja quando conquistados. 
Sonhos não deveriam, porém aparentemente machucam. Nem sempre o sonhador, todavia o espectador. Redes sociais deveriam se chamar redes de “sonhos”, mesmo que falsos.

Nos prostituímos por eles. 
Vendemos partes diferentes de nós mesmos, sendo o tempo a moeda de troca preferida.

A máquina de sonhos é lucrativa.
No mercado vendem tanto sonhos, quanto placebos para amenizar fracassos e sucessos. Há um comércio de ideias e receitas para conquista. 

Não compreendemos os sonhos de alguns. 

Achamos absurdos, julgamos, e esquecemos que somos os únicos representantes dos nossos sonhos na face da terra.

Indiferente de serem sonhos conjuntos, ou da ajuda de pessoas no trajeto, o sonho tem nome, CPF e culpa no cartório.

Sonhemos!

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